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sexta-feira, 3 de maio de 2013

MELODIAS DA UMBANDA


Denominadas por “Pontos” as melodias de Umbanda são criadas pelas próprias entidades incorporadas em seus médiuns, sempre obedecendo a certo critério ritualístico. Há, também, alguns ogans ou adeptos umbandistas que compõem música e letra no intuito de homenagear a entidade.
As letras dessas melodias, quando bem redigidas, contém um ensinamento filosófico de vida material ou espiritual. Haja vista o “Ponto” de Preto Velho:

“Eu já plantei café de meia,
Eu já plantei canavial,
Café de meia não dá lucro, sinhá dona,
Canavial cachaça dá...”

Tal letra encerra um ensinamento de vida para aqueles que estão sem rumo, bem como para os que se envolvem em grandes negociatas.
Observa-se no dizer do seguinte “Ponto” de Exu um duelo de forças, explica também a natureza de Exu, bom por um lado e justiceiro por outro:

 “Exu que tem duas cabeças,
Ele faz sua gira com fé,
Uma é satanás do inferno
E a outra é de Jesus Nazaré.”

Nos Centros que usam atabaques, o ritmo das musicas é seguido pelo tambor, acompanhado pelas vozes dos irmãos cantando e batendo palmas.
É grande a diversidade de “Pontos” que abrange a vários rituais na Umbanda, os mais cantados são os de defumação, incorporação e desincorporação, os de abertura e encerramento das sessões.
Os “Pontos” mais antigos criados por entidades umbandistas são chamados de “Curimbas” de raiz, pois, nos velhos tempos da Umbanda a confirmação dos guias e protetores era feita pelo “ponto riscado” e “ponto cantado”, tirado pela própria entidade.
Atualmente a Umbanda foi invadida por certos elementos sem conhecimento algum dos fundamentos do ritual, e procuram inventar letras de “Pontos” mal feitas, imperfeitas e inconvenientes, além de plagiar a música de outra melodia.

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