OS PRETOS VELHOS

A Umbanda surgiu da união de três cultos: o católico, o indígena, e, o africano. Pela parte africana o conhecimento e experiência milenar dos Pretos Velhos foram de suma importância para formação da Umbanda.

Os velhos são entidades espirituais de grande sabedoria. Tiveram várias reencarnações e são espíritos bem esclarecidos.

Cada Preto-velho possui seu próprio poder de magia, nesse sentido, ele é mestre, conhece a magia branca e a negra. Sabe desmanchar qualquer tipo de feitiço. Trabalha constantemente na desobsessão dos espíritos mais rebeldes, tanto para os encarnados quanto para os desencarnados, e combate a Quimbanda.

Fazem mirongas, simpatias, patuás, talismãs, conhecem o segredo das rezas e das ervas curadoras, por isso mesmo, na Umbanda, eles são denominados de curadores e médicos dos pobres. Bons conselheiros estão sempre dispostos a ouvir as lamentações e os pedidos de proteção dos umbandistas.

O Preto-Velho na Umbanda representa o símbolo da humildade, da obediência, do respeito e da fé. Agindo por meio da caridade, sem qualquer pagamento ou recompensa, o Preto-Velho consegue ajudar as pessoas que a ele se socorrem.

Na Umbanda de caridade são identificados por: Pai Antonio; Pai Francisco; Pai Joaquim; Pai Fabrício; Pai Tomé; Pai Ambrósio; Pai José; Pai Jerônimo; Pai Benedito; Pai João; Pai Cambinda , e outros mais. Pretas velhas: Vovó Maria Conga; Vovó Maria do Rosário; Vovó Maria Quitéria; Vovó Rosa; Vovó Joana; Vovó Catarina; Vovó Ana; Vovó Cambinda, e outras.

Dia Festivo.

As homenagens aos Pretos Velhos são realizadas no dia 13 de maio em todos os centros espíritas de Umbanda.

Em 13 de maio de 1888 foi assinada a Lei Áurea pela princesa Isabel, a Redentora. Essa lei tornou livre todo o escravo no Brasil, embora, os anciões, anteriormente, tenham sido beneficiados com a Lei dos Sexagenários, promulgada em 28 de setembro de 1885, que assegurava a libertação a partir dessa data, de todos os escravos de igual ou superior a 60 anos.

Saravá os Pretos Velhos